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sábado, 16 de agosto de 2014

BRASIL - "MALANDRO É MALANDRO, MANÉ É MANÉ". JUSTIÇA CONFIA EM BANDIDO E É ENGANADA. O CARA FERIU ATÉ O CÓDIGO DE PROTEÇÃO ANIMAL.

Galo ficava com tornozeleira de preso do regime semiaberto - Brigada Militar - RS / Divulgação

PORTO ALEGRE – Uma abordagem de rotina da Brigada Militar (BM) a um ponto de venda de drogas, na noite desta quinta-feira, colocou os soldados de plantão diante de uma cena inusitada: a tornozeleira de um preso do sistema semiaberto, que deveria servir como
monitoramento de um criminoso em cumprimento de pena, estava no pescoço de um galo como forma de despistar a vigilância.

A ocorrência foi registrada em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Durante a abordagem no bairro Guajuviras, pouco antes das 23h, a polícia prendeu um homem de 29 anos acusado de tráfico e posse ilegal de arma. Ao consultar o nome no sistema, entretanto, os policiais descobriram que Isaac Selau cumpria pena no semiaberto e deveria ficar em casa durante a noite.
 Selau burlava a vigilância colocando o equipamento na ave, que permanecia no galinheiro enquanto o criminoso saía para vender drogas. Na casa onde o suspeito foi detido foram apreendidas 36 gramas de cocaína, 56 gramas de maconha e uma balança de precisão. Segundo a BM, é a primeira vez que uma tornozeleira eletrônica foi encontrada em um animal.
As tornozeleiras vêm sendo usadas pela Superintendência de Serviços Penitenciários do Estado (Susepe) desde o início de 2013, mas poucos detentos aceitaram cumprir pena com o equipamento. Cerca de 1,4 mil apenados estão com a tornozeleira.
Os equipamentos são equipados com GPS, um sensor de luz, dois chips de operadoras de celular e um dispositivo anti-impacto. A bateria dura cerca de 30 horas e é recarregada como um celular comum. É fixada no preso com um cano de fibra de aço.
Mesmo assim, a Susepe já encontrou 60 tornozeleiras abandonadas pelos apenados. Os equipamentos foram cortados. Em outros casos, a BM também já prendeu criminosos em ação portando tornozeleiras – o equipamento ajudou a localizar os bandidos, mas não evitou a ocorrência do crime.
Ao saber do caso, inicialmente, a Susepe minimizou o caso. Segundo o órgão, Isaac Selau já não estava mais sendo monitorado pelo sistema. O equipamento, segundo a Susepe, seria recolhido nos próximos dias.Depois, informou que instaurou sindicância para apurar o caso. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o sistema acusava que o lacre do equipamento havia sido rompido na segunda-feira, 11 de agosto e que o detento estava com status de foragido.
Do G1

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