O espancamento que resultou na morte de Keity Azeredo da Silva, de 21
anos, foi visto por milhares de pessoas. Ela é a mulher que aparece num vídeo de tortura compartilhado na internet há
duas semanas. A identificação foi feita pela Divisão de Homicídios, que
encerrou nesta quarta-feira o
inquérito sobre o assassinato com a
prisão do traficante Gabriel Souza dos Santos, o Maradona, na
terça-feira.
— O que se vê no vídeo é apenas parte da tortura. Ela
continuou apanhando e morreu de traumatismo craniano. Keity namorou um
rapaz de uma facção rival à do Morro da Dita (Rio do Ouro, em São
Gonçalo) e a ordem partiu de um presídio em Bangu — explicou o delegado
Wellington Vieira.
Moradora da Dita, ela foi espancada na Favela
da Linha, entre 3 e 4 de fevereiro. Antes, teve o cabelo raspado. Ela
não resistiu e morreu no Hospital Geral Alberto Torres, no Colubandê, no
dia 5 do mesmo mês.
O espancamento foi ordenado por Alex Pereira,
o Drill, da cadeia. Um menor e Marcos Vinícius de Campos, o Sombra,
foram capturados antes de Maradona, que chefiava o bando.
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