Uma mulher que trabalhava como atendente na boate Kiss sobreviveu ao incêndio do último domingo (27) porque se escondeu dentro do freezer da casa noturna. A história foi relatada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante coletiva para atualizar os números de mortos e feridos na tragédia, realizada nesta quinta-feira (31), em Brasília.
Segundo o ministro, quando percebeu que o estabelecimento estava pegando fogo, a moça entrou no
freezer e ficou lá até não suportar mais o frio. Ela conseguiu escapar com vida, mas contou que até chegar à saída passou por muitas pessoas caídas no chão.
A atendente foi direto para casa e não precisou de nenhum atendimento médico no momento do incêndio. No entanto, a mãe da moça percebeu que a respiração da filha estava bastante ofegante enquanto ela dormia.
Atenta aos sinais da pneumonia química, a mãe da atendente levou a filha para o hospital. Duas horas depois, ela já não conseguia mais respirar e foi internada. Segundo o ministro, foi a observação da mãe que salvou a filha.
— Ele precisou de ventilação mecânica poucas horas depois de chegar ao hospital. Foi isso que salvou a vida dela. Por isso é muito importante que todas as pessoas que estavam no local do incêndio procurem um médico se observarem qualquer sintoma de pneumonia química.
A atendente já respira sem ajuda de aparelhos e passa bem, segundo Alexandre Padilha.
O Ministério da Saúde alerta que a pneumonia química, causada pela fumaça, pode se manifestar até dias depois da inalação. Tosse e falta de ar são alguns dos sintomas da doença.
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