Um dia depois de o delegado Rodrigo Noronha ter dito que uma ossada encontrada na zona rural de Nova Serrana, no Centro-Oeste de Minas Gerais, poderia ser da modelo Eliza Samudio, assassinada em 2010, o delegado regional da Polícia Civil, Ivan José Lemes, confirmou neste sábado (6) que a ossada é de uma mulher, mas que é preciso cautela no assunto e esperar pelo resultado do exame de DNA.
Segundo Lemes, o laudo preliminar aponta que a ossada é de uma mulher de aproximadamente 35 anos, com 1,69 m de altura. Eliza tinha 25 anos quando desapareceu. Não há previsão para divulgação do resultado do exame de DNA.
"O exame de DNA já foi solicitado e só ele confirmará de quem é o corpo. A delegacia de Nova Serrana nunca esteve à frente do caso Eliza e estamos investigando uma ossada
encontrada em janeiro na cidade", afirmou Lemes.
Ivan enfatizou que é precipitado dizer de quem é a ossada, pois as únicas evidências são as características apontadas no exame de antropometria, específico para medir o corpo. "Pode ser de qualquer mulher. Se for de Eliza é bom que esclarece o caso. Mas é precipitado dizer qualquer suposição", reforçou.
A ossada estava enterrada em um buraco com aproximadamente seis metros profundidade e, com a chuva na região, acabou ficando visível. Os vizinhos próximos ao local avistaram e ligaram para a polícia. A região fica dentro de uma propriedade particular às margens de uma estrada vicinal, que fica a 800 metros da rodovia MG-423.
Junto com a ossada havia vestes femininas, uma sandália rasteirinha tamanho 37 e um cinto. De acordo com o delegado Rodrigo Noronha, também tinha um tecido que a polícia não soube precisar se era uma saia ou se era uma blusa.
Caso Eliza Samudio
Eliza Samudio desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno Fernandes de Souza, à época titular do Flamengo, de quem foi amante.
Eliza Samudio desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno Fernandes de Souza, à época titular do Flamengo, de quem foi amante.
No início de março, o júri popular formado por cinco mulheres e dois homens condenou, no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, o réu Bruno a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Dayanne Rodrigues, ex-mulher do jogador, foi absolvida da acusação de sequestro e cárcere privado do bebê.
Para a Justiça, a ex-amante do jogador foi morta em 10 junho de 2010, em Vespasiano (MG), após ter sido levada à força do Rio de Janeiro para o sítio do goleiro em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. A certidão de óbito foi emitida por determinação judicial. A criança, que foi achada com desconhecidos em Ribeirão das Neves (MG), hoje vive com a avó em Mato Grosso do Sul. Um exame de DNA comprovou a paternidade.
A Promotoria afirma que, além de Bruno e Dayanne, mais sete pessoas participaram dos crimes. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, foram condenados no júri popular realizado em novembro de 2012.
No dia 22 de abril, Bola será julgado. Em 15 de maio, enfrentarão júri Elenílson Vitor da Silva, caseiro do sítio, e Wemerson Marques de Souza, amigo do goleiro. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto de 2012. Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi absolvido (saiba quem são os réus).
Jorge Luiz Rosa, outro primo do goleiro, que era menor de idade na época da morte, cumpriu medida socioeducativa por crimes similares a homicídio e sequestro. Atualmente tem 19 anos e é considerado testemunha-chave do caso.
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