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terça-feira, 22 de abril de 2014

BURITI - ALUNOS DA U. I. FRANCISCO ALVES FERREIRA PARTICIPAM DO 1º CONCURSO DE REDAÇÃO ORGANIZADO PELA ESCOLA EM PARCERIA COM A BIBLIOTECA HORO-MAR NO POVOADO BARRO BRANCO

Intitulado A HISTÓRIA DO BARRO BRANCO EM SUA ORIGEM ATÉ OS DIAS ATUAIS, o 1º Concurso teve cinco redações e julgamento foi feito no último sábado (dia 19) na residência da família Marques no povoado Barro Branco, local onde também funciona a Biblioteca Horo-Mar, que faz parceria
com a escola do povoado, dando assistência aos alunos e comunidade.O objetivo do concurso é fazer um resgate da historia do povoado desde sua fundação até os dias atuais, envolvendo alunos e comunidade

Professores, funcionários alunos e comunidade
Foram julgadores das redações finalistas, os Professores Adriano Costa, Lauriel Freitas, as Professoras Cesarina Barroso e Andréa Costa e o Advogado Dr. Raimundo Marques, onde após criterioso julgamento onde 5 itens foram analisados, como PESQUISA, ADEQUAÇÃO AO ASSUNTO ABORDADO, CRIATIVIDADE, COESÃO TEXTUAL E PRODUÇÃO GRAMATICAL, ficou como vencedora a redação do aluno do 8º ano Ensino Fundamental Maior Moisés Cruz de Sousa.
Professor Barroso, fazendo a abertura dos trabalhos
Professora Alvanêde, Diretora da Escola abrindo oficialmente o julgamento e agradecendo a presença e participação dos alunos e comunidade no evento
Todo o corpo docente da escola esteve presente no evento, assim como alunos, pais e comunidade e no final, a avaliação feita foi muito positiva. Em relação às premiações, que serão feitas em julho, em um dia a ser marcado com a presença também do Dr. Benedito Marques, outro idealizador da construção da biblioteca e quadra esportiva na localidade, será a seguinte: 1ª colocado R$ 300,00 (trezentos reais) e 2º e 3º colocados 150,00 (cento e cinquenta reais).
Alunos que participaram do Concurso de Redação
Dr. Raimundo Marques fez uso da palavra para parabenizar à organização, onde todos os funcionários estiveram envolvidos juntamente com os alunos e comunidade, principalmente os moradores mais antigos, e deixou claro que por ser o 1º concurso realizado na comunidade, todas as cinco redações serão premiadas, esperando que nos próximos, mais e mais alunos participem. Falou que um de seus livros também contribuiu na pesquisa de uma das redações e que também espera que a biblioteca Horo-Mar esteja também servindo a comunidade e alunos e que os mesmos estejam aproveitando os quase mil exemplares lá existentes. Enfatizou a importância de todas as redações escritas, onde a primeira colocada será inclusa em um livro que está sendo escrito pelo Professor Dr. Benedito e será lançado na entrega da premiação em julho e todas elas servirão como fontes de pesquisa no futuro, para as próximas gerações.
Professora Alvanêde finalizando os trabalhos e mais uma vez agradecendo o empenho de todos
Professores da escola e alunos participantes do concursos que foram: Moisés, Mariana, Zulmira, Jamille e Vanessa.
Equipe de julgadores e alunos participantes
Vereadora Andréa Costa com os 1º e 2º colocados do concurso
Abaixo redação que ficou em 1º lugar do aluno Moisés Sousa na íntegra e escrita como a original.

 Redação

Tema: A história do Barro Branco e sua origem até os dias atuais

         O povoado Barro Branco está localizado há 16 km da cidade de Buriti no estado do Maranhão está situado entre o povoado Sapucaia e o povoado Nova Esperança, assim tendo como referência a casa de dona Gracinda Costa e o povoado Ingá tendo como limite a casa de dona Júlia. Segundo histórias contadas por pessoas mais velhas que já não estão junto a nós como: sobrinho, netos, parentes, familiares e bisnetos relatam ter ouvido de seus ancestrais a muito tempo atrás histórias ou relatos de como surgiu e como era as pessoas que habitaram  neste povoado, elas trabalhavam apenas para o consumo próprio, pois, não havia comércio e o amanhã já pertencia a outro dia eram pessoas cheias de esperanças, trabalhadoras em busca de uma vida melhor pessoas pobres mais ao mesmo tempo ricas de sabedorias que sempre honravam se nome, ainda hoje encontramos descendentes da família que fundaram o povoado Barro Branco, como relato do senhor José que afirma ter ouvido os  mais velhos de sua família falar de um senhor chamado João Paraguaio e sua família que foram eles que fundaram o nosso povoado a acreditam que o surgimento de seu nome foi por existir no solo daquela época um barro mosmacento e branco dai a origem de nome Barro Branco. Pessoas mais velhas acreditam que o nosso povoado tem aproximadamente 150 anos. João Paraguaio e sua família sempre estavam juntos, eles foram uma grande família que sempre buscou melhorias para a Pátria. Chegou até ir a Guerra do Paraguai. Após sua morte, novos moradores chegaram dando continuidade as moradias com seus filhos. Bernardo filho de João Paraguaio, Bernardo Miguel, Antonio Miguel e Benedito Laranjeira todos contribuíram para grande desenvolvimento desse povoado. Na época de início do povoado não havia estrada e existia muita pobreza e sofrimento, algumas famílias não tinham nem uma mesa para colocar uma comida eles usavam uma esteira  no chão e todos se setavam ao seu redor, usavam uma forquilha para colocar o pote e o copo era feito de uma lata de querosene que faziam para tomar água, o trabalho era somente na roça e as pessoas faziam suas plantações de milho, arroz, feijão, quiabo, maxixe e abóbora. Também vieram moradores que contribuíram para o desenvolvimento por volta da era de 50 por meio do comércio que começou a prosperar a produção de tiquira que comercializada pelos senhores Francisco Nanuca, Alvim Nanuca, Toinho Nanuca e Benedito.
         De acordo com a pesquisa feita sobre a tiquira do Barro Branco pesquisado por Frank da Conceição Oliveira que foi apresentado no 1º Concurso de Fotografia de Buriti que teve como tema Conhecendo o Lugar Onde Moro, ele relata que a tiquira que é uma bebida artesanal, oriunda da mandioca tipo da cidade do interior do Maranhão e de origem indígena que a mais de cem anos atrás com a vinda do senhor João Paraguaio que comprava essa bebida em São Benedito do Rio Preto - Maranhão vinha vender no povoado, depois de um determinado tempo ele aprendeu como produzir a tiquira e começou a fazer na sua própria localidade determinando-se o pioneiro na produção da tiquira no Barro Branco ele morreu deixando a arte da produção dessa bebida para Antonio Miguel e sua esposa tomarem conta do alambique (nomedado a fábrica de tiquira) depois senhor Francisco de Oliveira Costa aprendeu  com dona Ana como de bebida e começou também a produzir esse aguardente de forte teor alcoólico depois outras pessoas aprenderam que o povoado chegou a ter quatro alambiques mas atualmente há um. Como a produção está cada vez mais difícil e não está sendo cada vez mais difícil manter essa grande tradição centenária. Apenas a do senhor Chiquinho e o do senhor José Oliveira, que aos 12 anos de idade começou a trabalhar no alambique e aprendeu como fazer a tiquira com seu pai e hoje com setenta anos de idade vem passando a tradição para os seus filhos Francisco, César Augusto e Moisés que esta família faz parte do setor econômico e o preço atualmente é de R$ 15,00 o litro e R$ 300,00 a lata. Essa atividade é uma das principais fontes de renda da família. A mesma é vendida não só em Buriti, mas também em cidades do Piai como: Miguel Alves, União e Lagoa Alegre.

Falando de Educação
         O primeiro professor desta escola foi João Paraguaio, mas a escola adotou o nome de seu filho Francisco Alves Ferreira por escolha da população mais velha que ali se encontrava. Os professores Maria do Rosário e Raimunda Jesus de Oliveira que lecionavam no alfabeto, cartilha, 1º, 2º e 3º ano no período de 1981 a 1982 e Maria Creusa que trabalhava como zeladora. Em 01 de março de 1983, Rosamary Vasconcelos de Sousa substituiu os professores anteriores e ficou lencionando, a mesma tinha apenas 17 anos de idade e tinha cursado somente a 8ª série, no ano de 1998 ela concluiu o curso de magistério através de um programa de formação de professores leigos ministrados pela professora Nony Fortes Braga (Secretária de Educação da Época), e a mesma continua lecionando nos dias atuais, tornando-se até o momento a professora com o maior tempo de serviços prestados nesse estabelecimento de ensino.
         Segundo o senhor Valdivino Sousa e Maria de Lurdes Costa, contam um pouco mais da história do Barro Branco que por volta do ano de 1973 foi descoberta em seu terreno o minério ou alguma coisa não identificada, a senhora dona das terras acredita-se não ter conhecimento sobre essas pessoas, daquela época, fala que eles chegaram de avião e pediram para fazer uma pequena escavação com máquinas que eles tinham pois eles queriam saber como era aquela terra, durante esse tempo que eles ficaram em Barro Branco aproximadamente 6 meses, chegaram bastante carros, caminhões e o número de pessoas doi crescendo cada vez mais, eles carregavam bastante carros de materiais que ninguém daquela época tinha conhecimento. Durante este período ficaram meses e sairam de suas terras dizendo não ter encontrado nada de valor, porque eles falavam se encontra-se alguma coisa de valor eles iriam dá uma boa gratificação para a família de dona Lurdes a proprietária das terras.
         Na parte religiosa há uma igreja dedicada ao seu padroeiro o glorioso São Sebastião que a história registrada na redação feita por Sara da Conceição Oliveira, onde ela relata que foi construída na era de 51 por Eduardo Laranjeira que se encarregou de pedir ajuda para as pessoas e até lá ele ganhou para ajudar na construção do templo. Naquela época as missas se chamava de desobriga e era em latim e o sacristão era quem respondia algumas coisas em português. Em 2001 foi feita a reforma para as bordas de ouro da igreja, todos anos havia festejo bem animado com muitas pessoas, visitantes, romeiros e filhos da terra que todos se reuniam para festejar o nosso padroeiro. Em 2009 a igreja foi derrubada onde deixaram somente o altar que é o  esmo da época de sua  primeira construção e as obras começaram o senhor Álvaro de Oliveira Costa conhecido como Alvim Nanuca (in memorian) foi um dos amigos da nossa capela juntamente com toda sua família e também a família Marques que nos ajudou muito e outras pessoas. O festejo de São Sebastião não tinha data definida era sempre antes do dia 20 de janeiro por causa do festejo de Mocambinho que é o mesmo padroeiro, por isso, a comunidade escolheu o dia 6 de janeiro para a realização da Eucaristia (data atual do festejo) pois o festejo começa no dia 2 até o dia 6 de janeiro é tradição realizar na tarde do dia 20 (dia de São Sebastião) uma procissão que se inicia na casa do senhor Antonio Nanuca até a igreja. No mês de dezembro é realizado três noites de novena (festejo de Santa Luzia), promessa do Dr. Benedito Marques, atualmente há celebrações todos os domingos às  03:00 da tarde, esse é um importante momento em que a comunidade se reúne para orar e discutir os problemas da comunidade. Recentemente foi formado um grupo de jovens que se reúnem todos os domingos as 13:00 da tarde para celebrar a vida da juventude. Também é de costume celebrar na igreja dia de reis, quarta feira de cinzas, semana santa, novena quaresmal, dia das crianças, mês missionário, novenas de natal, mês da bíblia, páscoa, peregrinação e encontros.

Família Marques
         José relata que a casa do senhor Horocídio e dona Mariana que também faz parte dessa grande história a sua casa foi construída em 82 já em uma época melhor, ainda hoje a família está presente no povoado contribuindo para melhor o povoado se desenvolver na educação e na cultura assim valorizando toda comunidade.

Desenvolvimento atual
         Atualmente temos em nosso povoado como vereadora Andréa Costa para lutar por melhorias na saúde, educação da nossa comunidade, o Barro Branco é conhecido e ainda vem desenvolvendo sua cultura com muita sabedoria, a família mostra que tem em suas veias o sangue de seus queridos avós, cultivam em nossa terra rica: mandioca, coentro, milho, cebola, plantação de coco, pimenta, feijão, arroz, cajueiro, jacas, açaí e buritizais. Posso descrever o Barro Branco é um grande povoado cheio de suas grandes riquezas. Exemplos: Igreja, Escola, Posto de Saúde, Club de Dança, Piscina, Quadra Esportiva, Poços com muita água e Biblioteca.
          Aquele Barro Branco daquela época só ficou na memória e no coração de seus historiadores.
          Barro Branco tem história!

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