SEJA BEM VINDO

O Portal Buriti agradece sua visita. Volte Sempre.
Powered By Blogger

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

BRASIL - AFOGAMENTO E ATROPELAMENTO - DUAS PERIGOSAS CAUSAS DE MORTE DE CRIANÇAS NO PAIS

SÃO PAULO - Estudo realizado com base em números do banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) aponta o afogamento como a segunda maior causa de morte acidental entre jovens até 14 anos, atrás apenas dos atropelamentos, o primeiro no grupo dos acidentes de trânsito, que inclui ainda os óbitos com crianças dentro do carro e do pequeno ciclista. O falecimento por sufocação, principalmente entre bebês de até 1 ano de
idade, aparece em seguida.

De acordo com o levantamento foram 1.376 mortes por esse tipo de acidente em 2009, última atualização do Data SUS, grande parte (45%) em águas naturais. Com relação às vítimas, 36% são crianças com idades entre 10 e 14 anos, e 35% entre 1 ano a 4 anos. Na última faixa etária, a maioria é vítima dos chamados afogamentos "domésticos", ou seja, por baldes, piscinas e vasos sanitários.

- A maioria dos afogamentos acontece em águas naturais, abertas e doces, até pela geografia do país, e em brincadeiras irregulares, sem a presença de adultos - ressalta Alessandra Françóia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura, responsável pelo estudo.

Ainda segundo a pesquisa, 67% das mortes por afogamentos acontecem com garotos. O estado do Amapá, por conta da geografia, segundo a ONG, foi o campeão de óbitos, com taxa de 31,03 por cem mil habitantes, seguido do Espírito Santo (22,14) e Mato Grosso (21,08). O Distrito Federal tem a menor taxa (9,25 mortes por cem mil habitantes).

- Os estados do Norte têm a maior taxa para cem mil habitantes. É válido ressaltar que muitas mortes acontecem nas populações ribeirinhas, principalmente com crianças mais novas - salienta Alessandra.
De acordo com a coordenadora da ONG, o afogamento é um acidente fatal na maioria das vezes. Faltam, em sua opinião, políticas públicas para a prevenção desse tipo de ocorrência no país.

- Em países mais populosos como Índia e China, há prevenção em comunidades mais pobres com profissionais ensinando as crianças a nadar, a fazer o primeiro atendimento em caso de afogamento. No Brasil não temos políticas públicas para isso.

Alessandra frisa, ainda, que as crianças devem estar sob observação constante de um adulto quando em contato com a água e que muitos equipamentos públicos, principalmente em embarcações, o simples uso de um colete salva-vidas já ajudaria a diminuir os número dessa triste estatística.

Nenhum comentário:

Postar um comentário