GIGLIO, 22 Jan
(Reuters)
Equipes de resgate encontraram o corpo de uma mulher na
parte submersa do navio Costa Concordia, anunciaram autoridades
italianas neste domingo, elevando para 13 o número de mortos
confirmados no acidente.
"Mergulhadores encontraram outro corpo no deck 7, em uma área com
cerca de 10 metros de profundidade", declarou um porta-voz da
Autoridade de
Proteção Civil.
Ele disse que o corpo foi encontrado por volta das 12h20 no horário
de Brasília e que as operações de resgate estavam em andamento.
O navio, que transportava mais de 4.200 passageiros e membros da
equipe, encalhou e afundou perto da ilha Giglio, na Toscana, enquanto o
jantar era servido. No momento, ele permanece deitado de lado sobre uma
saliência submarina, meio submergido e ameaçando escorregar para águas
mais profundas.
Vinte pessoas ainda estão desaparecidas.
Procuradores afirmaram que Schettino conduziu o navio a 150 metros
da ilha Giglio para realizar uma manobra conhecida como "saudação" -um
cumprimento às pessoas da ilha. Ele admitiu ter chegado muito perto da
costa, mas negou deter toda a responsabilidade, afirmando que outros
fatores podem estar envolvidos.
Segundo transcrições publicadas pela imprensa italiana de seu
interrogatório por procuradores, ele disse que imediatamente após
atingir a pedra enviou dois funcionários para a sala de máquinas com o
objetivo de checar o estado do navio.
Assim que percebeu a escala dos danos, ele telefonou para Roberto
Ferrarini, diretor de operações da Costa Cruises.
"Eu disse a ele: me envolvi em uma confusão, houve contato com o
fundo do mar. Estou dizendo a verdade, passamos sob Gigio e houve um
impacto", disse Schettino.
"Não consigo me lembrar de quantas vezes liguei para ele na hora e
nos quinze minutos seguintes. Em todo caso, estou certo de que informei
Ferrarini sobre tudo em tempo real", disse, acrescentando que pediu à
companhia para enviar rebocadores e helicópteros.
O presidente-executivo da Costa Cruises, Pier Luigi Foschi, afirmou
que Schettino demorou para emitir o alerta SOS e ordens de evacuação,
além de ter dado informações falsas para a companhia.
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