Os
municípios maranhenses tiveram uma surpresa ao receber o primeiro
repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O valor do 1º
decêndio do mês teve queda de 17,34% em comparação com o mesmo período
do ano passado, em termos nominais. A baixa resultou em dificuldades
para os municípios, principalmente no pagamento de funcionários e
fornecedores.
A
queda do FPM neste decêndio foi motivada pela redução do Imposto dos
Produtos Industrializados (IPI), que é, ao lado do Imposto de Renda
(IR), a principal fonte de renda dos municípios, sobretudo os menores,
que dependem diretamente desses repasses para honrarem seus
compromissos.
Para
o presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem),
Júnior Marreca, os gestores públicos enfrentarão dificuldades no
começo, pois, além da variação do FPM, os gastos aumentaram com o
reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 545,00 para R$ 622,00, e
do piso salarial dos professores.
“É
importante que a comunidade seja compreensiva com os prefeitos, pois
com menos recursos as dificuldades serão maiores em todos os sentidos”, ressaltou.
O
que ocorreu neste decêndio é que a arrecadação total deste imposto foi
de R$ 2,5 bilhões e a restituição foi de R$ 2,4 bilhões, restando
somente R$ 110 milhões para compor o Fundo. Segundo a Confederação
Nacional de Municípios (CNM), além da diminuição da arrecadação bruta
do IPI nos últimos dez dias de 2011, a restituição feita pelo Governo
Federal às empresas por conta da Lei de Incentivo foi descontada de uma
vez nesse período.
A
estimativa do Tesouro Nacional é que ocorra, apesar das baixas
referentes ao primeiro mês do ano, um aumento de 23% no mês de
fevereiro. Por outro lado, a expectativa para março é ainda mais
preocupante do que do mês de janeiro, já que a redução prevista é de
aproximadamente 30% no Fundo de Participação dos Municípios.
Júnior Marreca alerta que os prefeitos devem ficar atentos às variações que ocorrerão durante todo este ano no FPM. “A
nossa grande preocupação é com as contas a pagar no restante do mês,
principalmente porque essa primeira cota é sempre a maior. Agora, o que
a Famem sugere aos colegas prefeitos é cautela e, principalmente,
prioridade ao pagamento do funcionalismo público municipal”, afirmou o presidente.
Fonte: Blog do Luís Pablo
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